Desbravando Call of Duty: Black Ops 6. Uma Review
O mais novo jogo Call of Duty: Black Ops 6 foi lançado no dia 25 de outubro, trazendo novidades de gameplay e uma campanha interessante. Black Ops 6 é um título interessantíssimo e traz um pouco mais de alma do que os mais recentes lançamentos da série, dando um gás para a famosa franquia.
Além da imaginação e do pé no chão
Obviamente, campanhas em jogos de tiro eram extremamente relevantes no passado, criando uma base e um conflito que serviriam de alicerce para o multiplayer. Apesar de Black Ops 6 não ter a história mais inovadora, ela cumpre muito bem o papel que muitos jogos de tiro single-player fazem, que é divertir o jogador. Assim como um espelho fragmentado que toma muita importância no final do jogo, Black Ops 6 reflete um pouco de vários outros jogos e filmes. Guerra, espionagem à la James Bond, Resident Evil e até uma pitada do psicodélico Control formam uma campanha variada em gameplay e história. E mesmo com muitos clichês, como os personagens (arquétipos conhecidos de soldados e veteranos), a história consegue ser instigante.
Infelizmente, tudo isso se fecha de forma duvidosa, com pontas soltas até mesmo para o protagonista silencioso, que poderia ter sido muito bem explorado com a narrativa que estava construindo. Com um pouco mais de horas e lutas épicas, Black Ops 6 teria uma campanha incrivelmente marcante.
Uma arma com muita munição
Nada seria de videogames se suas gameplays fossem terríveis e truncadas. E a “arma” principal da saga Call of Duty ainda tem muita munição e acessórios. A campanha, como citei, tem uma boa variedade no gameplay e permite ao jogador explorar algumas formas diferentes de encarar uma situação, escolhendo caminhos distintos de infiltração, diálogos diferentes ou até a escolha entre ser furtivo ou tocar o terror no tiroteio.
Entre as missões, o jogador pode explorar um refúgio, que permite o jogador upar e conversar com seus aliados, fortalecendo a si mesmo e os vínculos que tem com eles. Aliás, a dublagem em português está ótima, trazendo ainda mais qualidade aos seus personagens.
Uma pena que a exploração do refúgio não dê grandes recompensas e nunca mais toque no assunto mais misterioso do refúgio. No mais, o básico dos jogos de tiros é extremamente fluído e gostoso, variadas armas e equipamentos podem ser usados, seu personagem pode correr, agachar, pular e até mesmo deslizar e deitar no chão para se esconder ou se posicionar melhor em situações extremas. Tudo isso vem acompanhando os modos multiplayer e zumbis, deixando o jogador confortável para se divertir por horas a fio.
Multiplayer
O que muitos jogadores esperam recentemente em jogos de tiro é receberem um modo multiplayer maior e melhor que os jogos anteriores, justificando o alto custo para os lançamentos. Uma das principais novidades em Black Ops 6 é “omni-movement”, que é uma movimentação mais fluida, que permite aos jogadores fazerem movimentos mais rápidos e em diversas direções. Apesar de parecer algo pequeno, toda essa fluidez permite combates mais frenéticos e dinâmicos e o multiplayer se torna até mesmo convidativo para os jogadores menos habilidosos, como eu, que podem responder de forma mais rápida aos constantes ataques e investidas. O modo traz diversos novos mapas, alguns melhores que os outros, mas a maioria consegue comportar bem a nova mecânica de gameplay.
Durante algumas horas de jogo online, encontramos problemas de conexão que somente se resolverão ao fechar o jogo, e constatamos que o problema não era a conexão de internet.
Versão PS4
A velha geração de consoles se recusa a morrer, pois seus jogadores mais fiéis e menos favorecidos para custear os altos preços da atual geração ainda continuam jogando nela. E as empresas reconhecem isso, trazendo muitos títulos novos para ela, mas infelizmente, sem um maior cuidado que seria necessário. A versão de PS4 possui muitos problemas na renderização, trazendo às vezes os “famosos visuais” do amável PS1 para a tela. Cenários e aspectos do mundo sofrem bastante. Algumas vezes, um carregamento ou outro se torna uma tela preta de alguns minutos, criando frustração e desânimo. Mesmo com esses problemas, o gráfico de Black Ops 6 se destaca, trazendo diversas vezes cenários bonitos e variados entre as missões e os mapas do multiplayer.
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Imagem da versão de PS4 base. |
Versão PS5
Jogadores da nova geração dificilmente terão do que reclamar sobre gráficos. O jogo é belíssimo, cheio de efeitos visuais de encher os olhos. O jogo na versão PS5 vem com a configuração de 120 FPS ativada, o que diminui a qualidade de definição do jogo, então, se sua TV não possui suporte a 120 FPS, o melhor é desligar a opção e jogar em 60 FPS mesmo. No modo campanha, inclusive, o modo com definição maior torna a experiência visual muito melhor.
O Dualsense é outro elemento imersivo da versão de PS5, trazendo várias sensações nas mãos ao recarregar armas, atirar, sentir o movimento de carros e o impacto de explosões.
O que um homem faz ao apontar uma arma? Tenta acertar, não?
Call of Duty: Black Ops 6 ainda é o velho jogo de tiro, mas que tenta se livrar do genérico que acometeu tantas franquias. Existem muitos acertos, mas ainda é uma caminhada longa para chegar aos anos dourados de FPS. No fim, ele cumpre seu papel de divertir e tomar muitas horas de seus jogadores, com uma campanha variada e com bons personagens, e um multiplayer fluido e inspirado.
Nota: 8.3 de 10 vezes que eu não consegui ir em “Stealth” e meti o chumbo nos inimigos.
Fizemos a review deste jogo com uma chave gentilmente cedida pela Theogames a serviço da Activision.
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