Desbravando The Legend Of Zelda Wind Waker: Uma Review

 Lançado em 2002, The Legend of Zelda: Wind Waker é o décimo título da franquia desenvolvido pela Nintendo. Um jogo diferente do habitual, trazendo gráficos em cel-shading e exploração de ilhas, através da navegação em barco.




Um oceano de possibilidades e uma pequena navegação


Wind Waker mais uma vez repete a fórmula da sua história(jogando diversos jogos até aqui, eu poderia criticar, mas vou abster, já que é o esperado da franquia), Ganon ameaça mais uma vez a paz do mundo e a história se inicia com Link indo ao resgate de sua irmã. O que se sobressai aqui é a “mitologia”, novas seres e raças são apresentados, já que velhos conhecidos da saga não se adaptaram tão bem aos oceanos de Wind Waker. Os Koroks e os Ritos são adições carismáticas muito bem vindas. A origem desse novo oceano sendo Hyrule inundada e os lugares visitados ajudam muito bem a criar a magia que sempre há nos jogos de Zelda, um destaque para o Castelo Real de Hyrule congelada no tempo abaixo dos oceanos. E falando em oceano…




Um trágico afogamento


Apesar de ser o principal chamariz do jogo, o oceano de Wind Waker se mostra interessante apenas nos primeiros momentos, um senso de descobrimento e aventuras, ao melhor estilo das histórias de piratas. Mas WW parece se inspirar mais nas histórias reais do quanto as navegações de épocas eram cansativas e difíceis. A navegação é lenta e tediosa, muito de áreas que possivelmente seriam aventuras opcionais, na verdade farão parte de uma maçante missão principal atrás dos fragmentos da Triforce da Coragem. Nem mesmo o “Fast Travel” do jogo consegue tirar a sensação cansada de WW. Para descargo de consciência, a crítica aqui se aplica mais a versão de Gamecube, pois há algumas melhoras na versão de Wii U, versão a qual não joguei.


Uma onda de criatividade


Para aqueles que encararem os problemas principais de Wind Waker, existe uma boa dose de criatividade e diversão nas masmorras do jogo(e graças às Deusas, não há uma masmorra temática de água). Com uma ótima curva de dificuldade, Link passa por florestas, cavernas de fogo e templos antigos, cada uma testando inteligência, observação e resiliência do jogador. Em algumas, existe a necessidade da ajuda das raças introduzidas no jogo, uma mecânica divertida e inteligente que poderia muito bem ser trazida de volta em novos jogos da franquia. Sobre os chefes, uma parcela é esquecível, e traz pouco desafio e criatividade, tanto em batalha, quanto em design. Mas as boas lutas, talvez figurem entre as melhores da saga, dando uma equilibrada na balança do jogo.




A bela canção do Wind Waker


Wind Waker talvez perca muitos pontos, pois sua principal arma está apontada para si mesmo. Uma boa ideia que foi mal executada, mas isso não é o suficiente para tirar o brilho da aventura, que se utiliza dos gráficos cel-shading para contar uma história mais leve e divertida, diferente de seus irmãos mais sombrios. E é isso que Wind Waker é, um irmão mais novo, cheio de energia e ideias, que ainda precisam ser polidas e lapidadas, para se tornar uma bela pérola.



Nota: 8 de 10 vezes…porque esse é o maldito número da quantidade de fragmentos  da Triforce da Coragem.


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