Desbravando Supernatural 12° temporada: Uma Review
Recentemente, a temática de “caçar monstros” tem se tornado uma das, se não, a mais favorita para mim. Provavelmente uma análise de “The Witcher 1” já teria sido feita se não fosse o tanto que o jogo envelheceu mal. Enquanto eu luto para voltar a caçar monstros no jogo do Bruxão, vamos falar sobre Supernatural, uma longínqua série que eu estou devendo há muito tempo terminar as 4 temporadas finais. Hoje, veremos se a saga de Dean e Sam Winchester ainda estava valendo a pena ser assistida na sua 12° Temporada, lançada em 2016.
Um monstro terrível: a falta de direção
A temporada anterior de Supernatural foi uma das mais interessantes, apesar da minha relutância com alguns episódios e sua vilã principal. Trazer à tona os dois seres primordiais do universo, Deus e Amara, parece uma escala a qual constrói muito mais caminhos para uma continuação. E a décima segunda temporada prova muito do meu ponto. São diversas tramas distintas que, ao invés de se entrelaçarem, parecem colidir, atrapalhando uma a outra de crescer como uma trama mais focada. A mãe dos irmãos Winchester é ressuscitada, Lúcifer está à solta e surge a versão britânica dos Homens de Letras. Cada uma dessas tramas poderia ter um destaque maior individualmente, mas sofre por partilhar a tela com a outra.
Uma mãe perdida, uma oportunidade desperdiçada
Amara ressuscita Mary Winchester no final da última temporada, como agradecimento por Dean ter ajudado ela a se reconciliar com seu irmão. Infelizmente, nem a mãe dos garotos parece dar paz à vida conturbada deles. A problemática é plausível, já que Mary morreu 30 anos atrás e seu céu pessoal era viver eternamente com seus filhos pequenos. Mas já vimos um dos pais tomar e fazer decisões ruins com John Winchester. E Mary abandona e decepciona seus filhos em episódios que não conseguem se aprofundar tanto em suas motivações, que apenas dão a desculpa de que ela quer criar um mundo melhor para seus filhos. A trama consegue apenas atingir o ápice quando Dean entra na mente de Mary, que sofreu lavagem cerebral, e a culpa por tudo que ele e seu irmão sofreram foram pelas decisões dela, criando um momento realmente emocionante.
Os vilões pomposos
Os Homens de Letras Britânicos fazem parte do melhor plot da temporada. Trazendo a parte mais divertida, com seus trejeitos e armas super tecnológicas para derrotar monstros, eles adicionam questões de como os irmãos e os caçadores lidam com seus monstros. Mesmo que algumas situações sejam facilitadas no roteiro, já que estamos tratando de uma organização que afirma ter acabado com qualquer morte por monstro na Inglaterra, os melhores episódios exploram a organização ou seus integrantes, como Mick, um líder relutante e amigável, que começa a aprender um novo jeito de lidar com os monstros, e Ketch, um inescrupuloso agente que mata e caça sem piedade. A resolução da trama é um episódio incrível onde Sam lidera um time de caçadores para destruir uma base dos vilões.
O pai do Rock é uma chatice
Lúcifer havia sido solto na última temporada para ajudar a lidar com Amara. E aqui ele parece tão sem rumo quanto o roteiro da série. Os episódios com a sua trama são bem mornos, com uns momentos legais aqui ou ali. A trama toma mais forma quando ele engravida uma mulher. Agora, a expectativa do nascimento de um nephilim abala tanto o mundo dos demônios quanto dos anjos. O desfecho infelizmente parece apressado, principalmente para criar uma trama para a próxima temporada, e diversas coisas acontecem no final de temporada, dando um nó estranho para tantas tramas. Felizmente, o filho do capeta é o melhor que pode nascer desse final, já que o personagem será uma grande adição no futuro.
Um rumo confuso, mais ainda pavimentado
Apesar de muitos problemas, Supernatural ainda consegue divertir e entreter em muitos momentos. Os melhores episódios geralmente se focam naquilo que manteve os espectadores por tanto tempo: caçar monstros e a relação dos irmãos. Sem dúvida, a série ainda mantém a alma, com um corpo meio morto-vivo, assim como tanto de suas criaturas.
Nota: 6 de 10 vezes que os Winchester foram os piores pais.
Episódios de destaque:
The Raid: Sam e os homens de letras britânicos são emboscados por vampiros em sua própria base de operações.
The Memory Remains: Sam e Dean enfrentam uma nova criatura. Uma boa homenagem aos filmes de assassinos mascarados.
Who We Are: a luta final entre caçadores e homens de letras britânicos.
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