Desbravando a trilogia Call of Duty Modern Warfare: Uma Review

Mais uma vez, a minha experiência com Black Ops 6 me leva para uma jornada incrível. Lançados respectivamente em 2007, 2009 e 2011. A trilogia Modern Warfare buscou trazer Call of Duty para os tempos modernos, levando os jogadores para uma realidade mais perto e pessoal. A história tem o foco na Task Force 141, uma unidade de operações especiais comandada pelo Capitão Price e sua luta contra o terrorismo. E também, nos mais diversos soldados enfrentando campos de guerra, dispostos a morrer por uma causa.



A trilogia é excepcionalmente instigante e carismática. Infelizmente, para mim, existe uma faca de dois gumes na maneira como MW conta sua história. Se, por um lado, torna a trama mais direta ao ponto, dando ênfase nos horrores da guerra, por outro, joga para escanteio uma profundidade nos mais diversos companheiros de guerra e protagonista da saga. O jogo apenas conta com o “coração” do jogador, em dar importância aos personagens apenas por serem seus “irmãos de guerra”, impossibilitando uma maior profundidade dos mesmos. A história dos jogos é muito boa, mas se combinada com mais cutscenes e mais diálogos, daria uma força ainda maior para ela, que, na verdade, em muitos momentos acerta em usar a câmera em primeira pessoa para tornar a experiência bastante pessoal. Deixando de lado a maior crítica, vamos dar uma olhada breve em cada jogo.


A dura crueldade da Guerra


Modern Warfare 1 é o mais cru e cruel dos três. É cinza e melancólico, e traz o aspecto mais vazio e desolador dos campos de guerra e seus soldados que, passo a passo, podem cruzar a linha entre a vida e a morte rapidamente. Entre diversas missões, a sensação é de estar jogando um jogo de terror. Uma explosão revela ser um monstro implacável ou então uma cidade abandonada que parece sugar cada pedaço de sua força vital. Claro que MW1 tem seus momentos de ação, mas o jogo toma grande foco para mostrar a dura realidade dos campos de batalha. Meu único problema é que ele pode se estender um pouco e repetir o formato de missões sem que isso adicione à história ou ao gameplay. No entanto, o “casal” de missões “All Ghillied Up” e “One Shot, One Kill" valem pelo jogo todo, missões que combinam perfeitamente os aspectos de ação, terror e realismo de uma guerra moderna.


Quem é o verdadeiro inimigo?


Talvez as duas missões citadas acima sejam insuperáveis. Mas MW2 tem suas cartas na manga, e as joga muito bem. Nenhuma missão aqui parece dispensável, e cria uma variabilidade de momentos de tirar o fôlego. De missões de resgate, operações secretas, campos de guerra e mais, o jogo não falha em manter o jogador empolgado, uma constância perfeita durante toda a campanha. A história aqui ainda impressiona mais ainda, trazendo consequências do jogo passado e reviravoltas surpreendentes. Como eu disse, as missões de MW2 são incríveis, mas se tivesse que destacar algumas, seriam “No Russian”, uma missão impactante da realidade brutal do terrorismo e da guerra, e “The Hornet's Den”, segunda parte da missão no Rio de Janeiro, uma batalha para escapar das temíveis favelas.




O confronto final


Este embate final é apenas para nós e para a Task Force 141, já que a guerra nunca acaba. MW3 talvez não tenha a melhor história, mas como a maioria das trilogias, ele depende do quanto você se conectou com os outros jogos. Aqui é a batalha final, tudo culmina aqui, para dar fim à guerra que começou em MW1. Do começo ao fim, a história não para, com os heróis em uma luta constante para evitar mais baixas e evitar que o lado inimigo vença. E tudo parece contra eles, o vilão do jogo, Makarov, parece sempre conseguir estar um passo à frente, fazendo o jogador se questionar se existe esperança. MW3 é frenético, tanto que não existem missões completamente “stealth”, e não vai parar até que tudo culmine em uma batalha pessoal para aqueles que se importaram com seus “irmãos de guerra” na trilogia. O jogo é um espetáculo de encerramento, e é meu favorito da trilogia. A missão final, “Dust to Dust”, é meu destaque que completa perfeitamente essa guerra moderna.



Nota: 9,0 de 10 vezes que eu fui morto por uma granada.


Escrito pelo Andarilho Gabriel.

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