Desbravando Supernatural 15° temporada: Uma Review

 AVISO: A REVIEW A SEGUIR CONTÉM SPOILERS!


Finalmente chegamos ao fim da longuíssima jornada dos Irmãos Winchester. A 15° temporada estreou em 2019, pondo Dean e Sam contra Chuck/Deus, a maior ameaça que os irmãos poderiam enfrentar, ou pelo menos era isso que eu pensava.



A estrada até aqui, pavimentada por Chuck


Não é novidade que Supernatural introduziu Deus em seu universo cheio de seres mitológicos e deuses, e não o tratou como o ser onipotente que tantos dizem ser na vida real. O personagem foi retratado como um ser qualquer, com seus erros e falhas, uma caracterização que levava as cenas interessantes. Infelizmente, aqui, para ter uma ameaça à altura, Chuck enlouquece, tentando contar a história que Ele queria para os irmãos, sem realmente uma explicação viável. E a temporada pede por um episódio que explore o verdadeiro intuito de Chuck, mas apenas o trata como uma ameaça qualquer. E sim, ameaça qualquer, pois mesmo no final da temporada, com uma boa atuação do ator Rob Benedict e seu dublador brasileiro Ronaldo Júlio trazendo um impacto realmente de que Chuck estava farto e acabaria com tudo, nunca o roteiro consegue realmente trazer o que “onipotência” significa. O vilão de Chuck, se é que os roteiristas ou produtores não perceberam a ironia, parece mais um autorretrato deles mesmos, mantendo uma história já cansada por tanto tempo viva.


Uma verdadeira despedida?


É comum em séries, em seus últimos anos e temporadas, tentarem trazer um acalento ao se despedirem de seus fãs e público. Trazendo personagens de volta, usando metalinguagem, referenciando episódios e cenas especiais. Mas Supernatural não traz nada disso para a mesa, criando todo o cenário da temporada em cima da ameaça de Chuck, que nunca atinge o seu verdadeiro potencial. Poucos episódios, seja o "monstro da semana” ou a história principal, parecem se sustentar como bons episódios. A luta final contra Chuck e sua derrota através do poder de Jack são planejadas com milhares de artifícios e facilidades de roteiro, levando a uma cena extremamente decepcionante. Não adicionando em nada para a evolução de personagens, principalmente dos irmãos, que têm uma grande parcela de culpa, tanto quanto os monstros que enfrentam e caçam.



“Carry On Wayward Son”


A cena final entre os irmãos Winchester é de certa forma tocante, mas como não seria para aqueles que acompanharam por tanto tempo? A meu ver, não parece realmente digna e não faz jus à longa jornada. Mas é bonita, mas como eu disse, muito mais pelo histórico do que pelo roteiro em si. Supernatural é uma ótima série, que aos poucos foi se desgastando e exige muito para que seja terminada e apreciada, sustentada apenas pelos seus personagens carismáticos. O universo da série é vasto, mas a história dos Winchester termina aqui e que permaneça assim por bastante tempo.


Nota: 6 de 10 vezes em que a “estrada até aqui” estava toda esburacada.


Episódios de Destaque:

  • The Gamblers: um jogo de sinuca, sorte e novos deuses.

  • Last Holiday: Uma criatura gentil, cenas engraçadas e mais próximo de um acalento de fim de série.



Escrito pelo Andarilho Gabriel.


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