Desbravando Grimm 1° temporada: Uma Review

 Depois que Supernatural terminou, fiquei órfão de uma série para assistir durante meus almoços e jantas. Aparentemente, a temática de caçador de monstros não é a ideia mais original na TV, e aos poucos descobri que existem diversas delas, que com o tempo também irei analisar. Mas a escolha mais recente me levou ao mundo de Grimm, uma série policial e de fantasia, lançada em 2011.


Identidade e verdade


Geralmente, muitas séries são criticadas em suas primeiras temporadas por ainda estarem achando sua identidade. Raramente ou quase nunca concordo com essa afirmação, muitos elementos ou forma de contar histórias já estão lapidados no início, no entanto, essa afirmação do público e crítica vale para Grimm. 


Nick Burkhardt é o nosso protagonista, detetive de Portland, e nessa profissão mora a falta de identidade da série. Talvez em algum momento da sua vida você tenha visto, ao menos uma vez, um episódio de uma série de detetive. Provavelmente um tema ainda mais usado que “caçador de monstros”. E Grimm tem todos os elementos clássicos que os shows de detetive possuem, e a fantasia parece servir mais como um acessório do que ferramenta para criar um mundo interessante e original. Apenas em alguns momentos, a série explora seu mundo fantástico e perigoso. O que eu elogio apenas desse formato é que os assassinatos tentam se pautar em uma realidade mais aproximada, mesmo com monstros de poderes fantasiosos, existe uma aproximação para trazer uma explicação científica de como aquele “poder” funcionaria na vida real.



O cavaleiro, a princesa e o monstro


Nick talvez seja o personagem mais comum possível, ele é um típico policial bondoso, bonito e corajoso. Ele consegue levar a história, mas não espere muitas camadas, a não ser por suas origens, que o põem como descendente de uma linhagem de caçadores de monstros, destinado a proteger o mundo humano dessas criaturas, pois apenas ele consegue ver suas reais aparências. 


O resto dos personagens é suficiente também para levar a história adiante: o parceiro policial malandro, o chefe que na verdade é o vilão, e a namorada de Nick, Juliette, que, como nos contos de fadas, seria uma típica princesa. A virada aqui está no monstro, o personagem Monroe. O primeiro episódio indica ele como primeiro monstro a ser caçado, mas diferente das criaturas que usam seus poderes para matar, Monroe é gentil relojoeiro que acaba por decidir ajudar Nick e funciona como guia para ele e os telespectadores do mundo Grimm e Wesen, assim denominados os seres da série.


Um mundo fantástico


Apesar de ainda caminhar aos poucos para mostrar o mundo fantasioso, Grimm apresenta diversos elementos que serão ainda mais trabalhados com o passar da série, elementos esses que dão mais originalidade e instigam o telespectador a manter a atenção. A chave para um tesouro Grimm antigo, os Wesen e suas habilidades, o trailer da tia de Nick com livros cheios de informações sobre monstros etc., já são apresentados aqui para dar consistência, dando um esqueleto que merece a chance de ser visto.



Monstro da análise: Siegbarste, um tipo de ogro que é o antagonista do melhor episódio da temporada. Derrotado apenas com um rifle potente, já que muitas das criaturas são derrotadas de maneira convencional.


Nota: 7,0 das 10,0 vezes que Nick era o herói mais bolacha das séries de TV.


Episódios de Destaque: 

  • Game Ogre: Equilibrando bem a trama policial e fantasiosa, explorando mais os personagens de Hank (parceiro de Nick) e solidificando a amizade de Monroe e Nick.

  • Tarantella: adicionando mais uma criatura interessante para a lista, e com uma boa trama policial.

  • A Coisa com Penas: outra criatura para o rol, mas Nick dessa vez precisa resolver um problema sem usar a violência.


Escrito pelo Andarilho Gabriel.

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