Desbravando Seu Amigão da Vizinhança, Homem Aranha: Uma Review
Lançado recentemente no Disney Plus, e agora com os 10 episódios lançados, eu finalmente assisti à nova série do cabeça de teia: Seu amigão da vizinhança, Homem-Aranha. O herói já teve tantas animações na TV, que eu suponho que este seja um dos motivos para um nome tão grande para esta nova série. Mas tirando isto, eu confesso que fui verdadeiramente surpreendido, para o bem e para o mal.
Grandes responsabilidades
A grande responsabilidade do Homem-Aranha está dentro e fora das telas. Dentro, se trata de ajudar quem precisa, os mais necessitados, a vizinhança. Do lado de fora, trata-se de entregar uma série que os fãs querem ver. É difícil lidar com responsabilidades, e por isso, a série talvez se perca um pouco nessas.
A série entrega uma aventura visualmente linda, se baseando no estilo artístico das primeiras histórias em quadrinhos do herói, então é normal achar que a série fosse seguir um caminho mais parecido com a versão original do herói, mas não é o caso. Seu amigão da vizinhança, Homem-Aranha, usa os visuais do passado para entregar uma versão completamente nova do universo do Teioso, e isto é ruim porque expectativas foram criadas e acabaram não sendo atendidas. Do outro lado, eu somente posso dizer que gostei muito de tudo que vi.
Tudo é muito diferente: Peter Parker é descoberto como Homem-Aranha por Norman Osborn logo nos primeiros episódios e se torna uma espécie de mentor para o protagonista. Sim, parece uma ideia terrível, mas as consequências disto são bem trabalhadas, foi uma decisão tomada compreendendo a relação destes dois personagens que, em outros universos, são tão antagônicos. É muito interessante ver a dualidade de Norman Osborn, que parece ter boas intenções, mas que ainda é um corporativista ganancioso. A ingenuidade do Peter Parker condiz muito com sua idade e seus amigos fazem o papel de ajudá-lo em suas decisões.
Visual e ação
Já havia citado o visual da série, mas é fenomenal que conseguiram criar um visual lindo com animação em 3D. As cores são muito vivas, e isso casa perfeitamente com o universo do Homem-Aranha, em que a palheta de cores dos personagens é muito importante.
As cenas de ação são um show à parte, muito bem animadas. Os golpes possuem impactos, as cenas passam o sentimento de brutalidade quando é necessário e vemos até sangue quando há necessidade, o que, infelizmente, é raro nas produções da Marvel. O vilão Escorpião brilha demais nessas cenas, com um visual bastante ameaçador e movimentos mais perigosos ainda. Infelizmente, a animação possui muitos embates com vilões não tão conhecidos.
Boas decisões no presente. E incertezas no futuro
Seu amigão da vizinhança, Homem-Aranha, consegue trabalhar muito bem sua trama em 10 episódios, e estabelece arcos muito bem. O arco de Peter Parker caminha para a quase independência, o arco de Lonnie é muito interessante de acompanhar, principalmente para quem sabe quem ele é no universo principal do Homem-Aranha.
Porém, a série termina com muitas pontas soltas, muitas mesmo. A conclusão do último episódio são praticamente umas 5 ou 6 cenas puramente pensadas com o intuito de deixar o telespectador imaginar o que vem na próxima temporada. E algumas dessas cenas estabelecem um futuro focado em multiverso e equipe de heróis, o que, na minha humilde opinião, não é o momento.
Conclusão
Seu amigão da vizinhança, Homem-Aranha, entrega bons visuais, batalhas frenéticas, uma trama bem pensada. Mas a mania da Marvel atual de multiverso pode pôr em perigo as próximas temporadas. Espero que os realizadores consigam equilibrar as coisas e trazer aventuras do Teioso mais focadas na vizinhança.
Nota 8,5 de 10,0 ideias horríveis do Norman Osborn.
Escrito pelo Andarilho Júlio.
Comentários
Postar um comentário