Desbravando Elden Ring Shadow of the Erdtree: Uma review

 A nova expansão de Elden Ring, Shadow of the Erdtree, está entre nós. A nova aventura(ou desventura) envia seu personagem para uma área cheia de mistério e novos desafios em busca de Miquella, o qual está em sua jornada para se transformar em um deus. A “Land of Shadows” é praticamente um jogo completo, com mais de 30 horas de exploração e uma singularidade que lembra o grande histórico de Miyazaki e sua equipe da From Software.


Relembrando os velhos tempos


Alguns problemas de Elden Ring(Leia aqui nossa review) estavam em seus espaços vazios ou dungeons(masmorras) com chefes repetidos e Shadow of Erdtree repete uma coisa ali ou aqui, mas tem uma unicidade maior por ter um “mundo” mais controlado, menor, e a From Software fez com que cada exploração e olhos atentos fossem recompensados.

As novas localidades enchem os olhos, como por exemplo uma bela costa com flores azuis brilhantes que se estendem à perder de vista. E nenhuma destas áreas passa a sensação de vazio, pois cada canto esconde um novo inimigo, chefe ou uma arma destruidora que entrará para seu arsenal. Para os mais nostálgicos, muitos lugares lembrarão os  jogos e contos mais velhos de Miyazaki, trazendo certa familiaridade e um aconchego irônico em um mundo sombrio. Mas se há uma grande recompensa para os mais exploradores, existe grande punição para aqueles que adotam um formato de gameplay mais linear.


A dificuldade e o que nos aguarda no futuro


Jogadores mais antigos relembram os grandes desafios que as expansões da série Souls trouxeram no passado, mas Shadow of Erdtree extrapola os limites com chefes extremamente rápidos e poderosos, que podem eliminar seu personagem logo que o mesmo entra em arena, geralmente com dois golpes. Obviamente, existem mais recursos que em jogos anteriores, mas a escolha para equilibrar jogadores de gameplay de mais de 100 horas ou jogadores novos parece uma forma de forçar o jogador a explorar a expansão para não sofrer derrotas frustrantes. 

Os fragmentos de Umbra Árvore estão espalhados por toda “Land of Shadows” e afetam a efetividade do seu dano e a negação dos danos dos inimigos. A exploração se torna obrigatória se você não quiser morrer em dois ou três golpes dos chefes do jogo, diferente dos seus antecessores ou mesmo seu jogo base, Shadow Of Erdtree não oferece um aprendizado cadenciado para aqueles que apenas seguem sua história principal. 

O último chefe da expansão força o jogador a explorar tudo que o jogo oferece ao limite. Até mesmo uma troca de build pode se fazer necessária para um combate menos frustrante. Este tipo de situação em RPGs habituais somente ocorreriam em chefes opcionais, para que o jogador não se frustre ao criar seu personagem e depois ter que mudar sua forma de jogar. A impressão que fica é que a equipe queria criar “várias” Malenias, na intenção de empolgar os jogadores mais hardcore. A situação se torna preocupante, pois o que esperar dos próximos jogos da nossa querida empresa. Irão continuar a criar experiências únicas ou formas artificiais de dificuldade?




Mas e os Chefes?


Shadow of Erdtree adiciona ao panteão de Elden Ring chefes únicos(alguns que deixam os mais sensíveis tontos com a câmera), que se movem com ferocidade e buscam matar seu personagem o mais rápido possível. Cada um deles é memorável, seja por sua lore, design ou até mesmo área, criando o épico em cada batalha. De uma fera divina que testa a determinação daqueles que esqueceram o que significa jogar Soulslike ou um lorde esquecido em uma floresta assustadora. Falar mais do que isso é estragar a surpresa. A maior parte deste panteão será lembrado por muitos anos e é a prova de que a From Software consegue criar embates memoráveis justamente pela sua capacidade de mesclar qualidade de gameplay com uma história e direção de arte envolventes.



Conclusão


Shadow of Erdtree sem dúvida adiciona mais um épico a lista de Miyazaki, mas comete alguns erros para tentar retomar um dos principais componentes que formaram a aura dos seus jogos: a dificuldade(já que o jogo base recebeu críticas quanto à sua baixa dificuldade). No entanto para os mais resilientes, a expansão ainda consegue trazer a sensação de conquista e em certas ocasiões supera seu jogo base.


Nota: 9.0 de 10.0 vezes que um chefe me matou com um único golpe.


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