Indicados ao The Game Awards: Indicações justificadas?
Primeiramente, gostaria de deixar claro que eu não faço parte do grupo que odeia o evento The Game Awards, eu acho sim que é uma premiação que tem seus erros e acertos, mas num geral é um evento que me diverte e é um ótimo momento para conhecer e decidir testar novos jogos. Raramente acho que o prêmio máximo da noite vai para um jogo que definitivamente não era merecedor (cof Overwatch, cof). Mas eu confesso que este ano senti algumas escolhas bastante erradas que põem em xeque a edição deste ano, mesmo que os resultados sejam os esperados. Vamos entender um pouco analisando as categorias de maior peso:
GAME OF THE YEAR (Jogo do Ano)
Astro Bot
Balatro
Black Myth Wukong
Elden Ring: Shadow of the Erdtree
Final Fantasy 7 Rebirth
Metaphor ReFantazio
MELHOR DIREÇÃO
Astro Bot
Balatro
Black Myth Wukong
Elden Ring Shadow of the Erdtree
Final Fantasy 7 Rebirth
Metaphor ReFantazio
MELHOR NARRATIVA
Final Fantasy 7 Rebirth
Like a Dragon Infinite Wealth
Metaphor ReFantazio
Senua’s Saga Hellblade 2
Silent Hill 2
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE
Astro Bot
Black Myth Wukong
Elden Ring Shadow of the Erdtree
Metaphor ReFantazio
Neva
MELHOR TRILHA SONORA
Astro Bot
Final Fantasy 7 Rebirth
Metaphor ReFantazio
Silent Hill 2
Stellar Blade
MELHOR DESIGN DE SOM
Astro Bot
Call of Duty Black Ops 6
Final Fantasy 7 Rebirth
Senua’s Saga Hellblade 2
Silent Hill 2
MELHOR ATUAÇÃO
Briana White (Aerith, de Final Fantasy 7 Rebirth)
Hannah Telle (Max, de Life is Strange Double Exposure)
Humberly Gonzáles (Kay Vess, de Star Wars Outlaws)
Luke Roberts (James, de Silent Hill 2)
Melina Juergens (Senua, de Hellblade 2)
Nas indicações a Jogo do Ano, nós temos uma das indicações mais polêmicas do evento: Shadow of the Erdtree. Não me entendam mal, eu, mais do que qualquer um, posso dizer que esse jogo é fenomenal e sou um dos poucos que digo com tranquilidade que esta DLC supera minha experiência com o jogo base, mas indicar uma DLC não deveria ser permitido, não importa a qualidade. Deveriam ter feito uma categoria separada para este tipo de indicação. Mas o jogo ainda vale muito a pena ser jogado, leia nossa review aqui.
Outra discrepante indicação é a de Black Myth Wukong a jogo do ano (e aqui deixo claro que a discrepância é puramente pelas indicações que o próprio evento fez, pois ainda iremos trazer a nossa review do jogo). Black Myth Wukong foi indicado também como melhor direção, mas as indicações em outras categorias não corroboram esta ideia. Como um jogo que não tem indicação de melhor atuação, melhor trilha sonora, melhor design de som e melhor narrativa é indicado à direção e jogo do ano? Ainda mais quando o aclamado Silent Hill 2 Remake (leia nossa review aqui) foi indicado a todas as categorias citadas? Novamente, o jogo pode ser realmente um dos melhores do ano, mas as indicações dele não confirmam isso.
Balatro é polêmico, e na minha humilde opinião não tem a ver com o fato de ele ser indie, mas sim ser um jogo extremamente nichado. Não são problemas do jogo em si, mas que criam um certo descontentamento do público em geral, ainda mais quando analisamos o histórico do evento e vemos que eles nunca indicaram jogos de esporte ou corrida, como Forza, o que muitos supunham ser uma decisão sobre não indicar jogos muito "nichados", mas não parece ser o caso. Outros indies deste ano pareciam escolhas melhores neste sentido, como Animal Well e até mesmo Palworld.
E finalizo minhas críticas dizendo que faz muita falta na lista de Jogo do Ano Silent Hill 2 Remake e The Legend of Zelda: Echoes of Wisdom. São jogos fenomenais que deveriam ter um espaço no prêmio máximo. O que me traz a uma pequena e simples sugestão: Para os próximos anos, o The Game Awards deveria aumentar o número de indicados ao Goty, para 8 indicados ao invés de 6. Isto permitiria que mais jogos tivessem holofotes, o que pode incluir mais jogos indies ou jogos bons que não tiveram tanta visibilidade comercial.
De elogios, fica aqui meu contentamento em ver Astro Bot (leia nossa review aqui) e Final Fantasy VII Rebirth indicados. Astro Bot é um jogo extremamente criativo e feito com muito carinho, e FF7 VII Rebirth é um trabalho fantástico de expansão e mudanças num dos maiores clássicos dos videogames.
Em breve, faremos um podcast comentando as indicações do The Game Awards.
Escrito pelo Andarilho Júlio.
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